Percepção a respeito da Demonstração de Resultado Abrangente

Os relatórios contábeis têm os objetivos gerais de mensurar a situação Patrimonial, Econômica e Financeira da Entidade. No contexto gerencial, aborda-se muito a respeito do Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado (DR) e Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Sabe-se que os fatos econômicos são provocados, conforme trecho de Gregory Mankiw, pelas “flutuações irregulares e imprevisíveis na atividade econômica, medidas pela produção de bens e serviços ou pelo número de pessoas empregadas”. Portanto, conclui-se que a variação do patrimônio de uma empresa não está ligada diretamente e apenas à atividade principal dessa sociedade empresária.

Nesse contexto, a Demonstração de Resultado Abrangente (DRA) é uma ferramenta gerencial com o objetivo de respeitar essa realidade acima mencionada, mensurando aqueles eventos que alteram o Patrimônio Líquido da empresa em determinado período de maneira indireta em relação à sua atividade, e também àquelas provenientes de transações não originadas dos sócios, sejam de investimentos ou distribuições a esses.

Segundo CPC 26, a apresentação da DRA deve ser realizada separadamente a DR ou junto a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (PL), e no Balanço Patrimonial seu resultado será registrado em uma conta separada aos demais componentes do PL, sejam esses as reservas de resultado e o Capital Social.

É notória a finalidade do demonstrativo em obedecer ao Princípio da Competência, e se preocupar em registrar fatos contábeis modificadores do valor do patrimônio dentro de certo período, ainda que sob certo grau de incerteza de realização.

Conforme o pronunciamento mencionado, a estrutura da DRA deve iniciar pelo resultado econômico do período obtido na Demonstração de Resultado, e seu conteúdo deve ser devidamente justificado em Notas Explicativas.

A seguir um exemplo da estrutura e de possíveis componentes de uma DRA:

Acredita-se plenamente na importância da Demonstração de Resultado Abrangente, pois existe amplia a perspectiva do usuário da informação contábil, seja investidor ou credor, e garante mais subsídios aos processos decisórios.