Daquele que gerencia: o que podemos esperar?
- contato85378
- 26 de mai. de 2021
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O papel da gerência sempre esteve em ênfase na formação da sociedade humana, mesmo sem o nome propriamente dito de administradores, as funções atreladas a esta representação esteve presente nos líderes, motivadores, estrategistas. Contudo, nas organizações atuais, principalmente em função da representatividade ganha pelo trabalhador ao longo dos tempos, exalta-se e se compreende o papel do gerente/administrador como além de geração de lucros ou da manutenção do nome da instituição. Entende-se atualmente como bom profissional da área, aquele capaz de planejar, controlar e organizar os recursos naturais, técnicos e humanos para o desenvolvimento e para a continuidade da organização em um mercado cada vez mais competitivo.

Seria possível citar uma infinidade de características que são determinantes ao sucesso de um profissional da administração: motivação, determinação, perseverança, criatividade, pro atividade, visão estratégica, bom relacionamento interpessoal, capacidade de lidar com o novo e com adversidades, dedicação, dentre tantas outras. Sendo que estes traços devem ser coerentes com a organização, ou seja, sua cultura, planejamento estratégico e valores, por exemplo.
Faz-se possível observar assim, frente a um contexto globalizado, o papel do administrador frente às alterações que ocorrem nas organizações, que “ao mesmo tempo, podem ser complexas, multifacetárias e paradoxais”. (MORGAN, 1996). Dessa forma, os profissionais se veem diante de desafios e tendo de ser capazes de segundo Morgan, 1996, de desenvolver aptidões capazes de permitir a visualização, o entendimento e o desenvolvimento da capacidade de efetuar mudanças de situações utilizando novas maneiras de se fazer, de acordo com o contexto social, econômico e político no qual estão inseridos os sistemas produtivos vigentes.
O papel da administração ultrapassa a execução dos processos de uma organização e passa a dizer respeito também ao entendimento dos conflitos e ambiguidades inerentes a este processo produtivo. Acompanhando não só as exigências de um mercado com fronteiras ilimitadas, alta reciclagem de produtos, e com recursos cada vez mais escassos, mas também, os desejos de seus funcionários, que procuram novos objetivos.

De acordo com Lombardía (2008), a denominada geração Y é marcada por uma autoconfiança em seu trabalho, com energia, acostumados a mudanças radicais em curto espaço de tempo, e por isso, não estabelecem vínculo forte às organizações com que trabalham, estão em busca de um bem estar social. O que não quer dizer que estes novos trabalhadores não se importem e não busquem estar informados com normas, status, recompensas financeiras, por meio de pesquisas de mercado, salários que correspondem a pelo menos a média de mercado, e, queiram trabalhar em empresas que ofereçam benefícios; já que este bem estar este relacionado com os ideais capitalistas.
A sociedade e as gerações que as constituem passaram por transformações que alteraram suas crenças, costumes e necessidades entendidas como primordiais pelo homem. A sociedade pós industrial e pós materialista compreende a ideia de que o homem se desprendeu da “ideia materialista de buscar satisfazer as necessidades econômicas e de qualidade de vida para a necessidade de produtos que envolvam produção intelectual, que elevem a qualidade de vida e o bem estar social”.(Bendassoli, et al., 2008)
A formação dos gerentes é, sem dúvidas, uma das questões colocadas em cheque diante dos novos parâmetros do exercício da administração. Se a realidade no mundo do trabalho se altera, o perfil de profissionais demandado pelo mercado deve se adaptar a um novo padrão e às exigências decorrentes do mesmo.
Referências
MOTTA, Fernando Prestes e VASCONCELOS, Isabela Gouvéia. Teoria Geral da Administração. 3ed. São Paulo: Thomson. 2006
LOMBARDÍA, Pilar García, STEIN, Guido e PIN, José Ramón. Quem é a Geração Y?. IESEN: HSM Management 70 setembro-outubro 2008.
MORGAN, Garreth. A mecanização assume o comando das organizações vista como máquinas. In: Imagens da Organização. São Paulo: Atlas. 1996. Cap 2.
Bendassoli, Pedro F; WOOD Jr., Thomas; KIRCHBAUM. Charles; et al. As Indústrias Criativas: definições, limites e possibilidades. 2008.
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